Foto : Conmebol
Após 19 anos sem levantar a taça mais importante da América do Sul, o River Plate aproveitou os fatores que definem o que é a Libertadores e venceu o Tigres por 3 a 0, superando os milhões gastos com reforços pela equipe mexicana e comprovando que para ser campeão da competição, é preciso mais do que técnica.
Monumental de Núñez em festa e com 61 mil pessoas fazendo a habitual festa de final de Libertadores para motivar seus jogadores, e mostrar para o Tigres o que era jogar uma final de torneio sul americano contra uma equipe argentina. Alario, Sánchez e Funes Mori fizeram pulsar de felicidade os torcedores Milionários que após ver o rebaixamento do maior campeão nacional da Argentina, acompanharam a recuperação de sua equipe com a voltar a primeira divisão, título do campeonato argentino, sul-americana e por último a Libertadores para coroar a volta do gigante as suas glórias.
Apesar de não conseguir o título, o Tigres cumpriu sua missão de ganhar mais prestígio internacional e demostrar que pode sim competir com qualquer equipe da América do Sul. O River Plate agora tem 3 conquistas de Libertadores junto com Santos, São Paulo, Olímpia e Nacional. O maior campeão do torneio é o Independente da Argentina com 7 conquistas.
O jogo
Com um bom resultado no México, a principal elemento do River para o jogo era da pressão e da atmosfera de final de Libertadores para acuar a equipe mexicana. Com alguns desfalques e principalmente sem o seu treinador Galhardo que havia sido expulso no primeiro jogo, o River jogou no seu sistema padrão no 4-4-2, com dois centroavantes, Cavenaghi e Alario na frente esperando erros na defesa do Tigres e usando a bola parada para marcar.
O Tigres também jogando no 4-4-2, com os homens de meios abertos, e explorando sua velocidade nas costas dos laterais argentinos. Começo de jogo muito parecido com o do primeiro, muito truncado, poucas chances de gol. Sobre forte chuva, o River não tinha a mesma qualidade técnica do que o Tigres para criar jogadas de ataque, apenas tinha chances em jogadas de bola parada e em momentos de pressão de sua equipe com lançamentos para a grande área.
As melhores chances do primeiro tempo aconteceram com o Tigres, que acabou pecando em alguns momento nas finalizações. O castigo veio no fim do primeiro tempo, na característica da equipe argentina, bela jogada de Vangioni e cruzamento para Alario desviar para as redes.
Com o 1 a 0, a volta do segundo tempo o River sabia como se comportar nesses momentos, tinha a malícia e experiência para levar o resultado e ampliar o placar. O Tigres claramente sentiu o golpe, mas ainda criava chances de marcar, só que não contou com uma boa atuação de seus homens de frente Sobis e Gignac. O Tigres se abria em buscar de empatar e dava as armas preferidas para os argentinos jogarem.
A torcida Milionária sentia que o título estava perto, e reforçou mais ainda esse sentimento quando o juiz marcou pênalti en Sánchez, em que o próprio bateu e fez o segundo gol, o gol do protagonista da equipe e para colocar as duas mãos na taça. Ainda teve tempo de Funes Mori marcar de cabeça em cobrança de escanteio, e decretar o tricampeonato do River. Podemos reparar que os gols saíram nas características da equipe, gols em contra ataque, pressionado o adversário e em bolas paradas.
Uma conquista com direito a roteiro de filme, o River provou que a Libertadores é um torneio diferente de qualquer outro, onde o dinheiro, a técnica se equivalem a raça, a vontade, a pressão e a experiência de saber joga-la e de ganha-la, prova disso é o próprio River, pior classificado entre os 16 classificados para o mata a mata acabou se sagrando campeão mesmo tendo obtido sua classificado na bacia das almas na fase de grupos. A Libertadores não é melhor torneio do mundo tecnicamente, mas é sim o mais emocionante e surpreendente do mundo
River Plate 3 x 0 Tigres
7 Chutes 7
4 Chutes no gol 1
48% Posse de bola 52%
82% Passes certos 90%
19 Desarmes 20
22 Faltas 23
(Footstats)
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